segunda-feira, 14 de julho de 2014

Ser Feliz - Will Ferguson



Título: Ser Feliz
Título original: Happiness
Autor: Will Ferguson
Tradutor: Manoel Paulo Ferreira
Editora: Companhia das Letras
Ano de publicação: 2003
Nº de páginas: 398

***

Comecei a ler esse "romance satírico" (não sei de que outra forma denominá-lo) com bastante interesse, mas, depois de um tempo, a leitura foi ficando cansativa, por isso demorei um bom tempo para concluí-la. De qualquer forma, foi uma leitura divertida, pois algumas passagens descrevem como funcionam os bastidores de editoras do mundo real.

Edwin de Valu é um editor de livros de autoajuda em uma editora americana chamada Panderic. Em uma reunião com mr. Mead, editor-chefe/dono da editora, por falta de ideias, comenta que um dos milhares de originais de livros que recebeu pode ser o novo best-seller: O que aprendi na montanha. Ao falar de forma falsamente empolgante sobre esse projeto/livro, mr. Mead se convence e tem interesse em discuti-lo melhor posteriormente.

O livro, escrito pelo misterioso Tupak Soiree, um calhamaço com diversos tipos de ideias e instruções sem pé nem cabeça sobre e para a vida, é publicado e logo vira um sucesso editorial. Edwin vira o "queridinho" da Panderic, por ter encontrado um livro que se tornou um best-seller e está rendendo milhões para a editora, e as pessoas, pouco a pouco, começam a ser "contaminadas" pelas ideias do guru, passam a buscar uma vida mais simples, livre de vícios e mais saudável, e a exercitar os sentimentos e as ações mais nobres de que o ser humano é capaz. O mundo vira de cabeça para baixo e o capitalismo passa a não fazer mais sentido.

A razão de termos tantos livros de autoajuda é que eles não funcionam! Se alguém escrevesse um que realmente funcionasse, eu perderia o emprego, droga!

Até aqui, o livro até que é divertido, mas depois que Edwin, seu chefe e um outro autor passam a perseguir Tupak Soiree para saber sua identidade real e o que está por trás de O que aprendi na montanha, comecei a ficar entediada e tive a sensação de que o autor não sabia mais que rumo dar à história. As piadinhas também começaram a cansar.

Apesar de não ter me empolgado durante toda a leitura, o livro vale a pena por todas as tiradas e comentários irônicos feitos a respeito da indústria editorial, de livros de autoajuda e de pessoas que consomem esse tipo de livro. Faz rir, mas também faz pensar um pouco.

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